Mulheres e ação climática: tecendo resistência desde o Sul Global
Mulheres da comunidade Puente Viejo, Guatemala, se reúnem perto de um jardim comunitário.
O aquecimento global é um fato científico comprovado. A emergência climática faz com que o mundo debata sobre a necessidade de um novo acordo para mitigar e adaptar suas consequências. Porém, os efeitos das mudanças climáticas não são iguais para todos. Para entender o porquê basta conectar as consequências da emergência climática com as questões sociais, econômicas, políticas e, sim, raciais e de gênero. Em outras palavras, compreender quais são as consequências do Racismo Ambiental.
Desde a incorporação forçada em 1894, a história da Costa do Caribe da Nicarágua tem sido marcada pela colonização e exploração de territórios indígenas e afrodescendentes, favorecendo a hegemonia mestiça e despojando as comunidades de seus modos de vida e de sua relação com a Mãe Terra. Apesar de existirem leis que protegem suas terras, o neocolonialismo persiste com concessões de mineração, extração de madeira e pesca, enquanto o governo impõe suas autoridades e promove o neoextrativismo, tudo isso perpetuando as opressões.
Por Berta Marson
Edição de texto: Helena Silvestre.
A luta de Susana Marley Cunningham, como a de milhares de mulheres e homens do povo Miskitu da Nicarágua, é uma luta ancestral. Nascida em Waspán, no Caribe Norte da Nicarágua, ela é uma liderança Miskitu que começou seu trabalho em comunidades próximas ao Rio Coco, nessa mesma região, através da Fundação Civil para a Unidade e Reconstrução da Costa Atlântica (FURCA). Ela dedicou sua vida à defesa dos direitos de seu povo e de seu território localizado na Moskitia.
Ainda hoje o continente africano tem enfrentado diversos desafios em torno do desenvolvimento dos seus Estados e dos seus povos
Exploração de petróleo, plantações de coca e grupos armados ilegais ameaçam a sobrevivência do povo indígena Awá no sul da Colômbia.
Por Edilma Prada e Vanessa Teteye
The debate about compensation of former white farmers in Zimbabwe continues to rage. The compensation agreement signed in July agreed a total amount of US$3.5 billion to pay for ‘improvements’ to the land that was expropriated. After 20 years of discussion, this was a major step forward. However, there seem to be multiple positions on the agreement and little consensus, along with much misunderstanding. However, some things are happening, and a joint resource mobilisation committee has been established with technical support from the World Bank and others.
São cerca de 3 mil famílias que enfrentam a crueldade do desenvolvimentismos do modelo de cidade patrocinado pelo Banco Mundial, onde as famílias são desapropriadas dos seus modos de vida ribeirinhos para dar lugar ao progresso predador.