Racismo ambiental e risco nas barragens de mineração
Foto: Parolan Harahap/Flickr (CC BY-NC 2.0)
A defensora de gênero e terra Rosa compartilha seu orgulho de poder ajudar sua comunidade pastoril a resolver disputas difíceis de terra.
Por Rosa Olokweni, Campeã de Gênero e Terra, Projeto WOLTS Tanzânia
Antes de a HakiMadini e a WOLTS chegarem a Mundarara, era como se as mulheres de nossa aldeia estivessem dormindo. Nenhuma de nós tinha conhecimento de nossos direitos à terra, muitas de nós eram maltratadas por nossos maridos e nunca falávamos em reuniões.
Chad is at the verge of an emerging land tenure crisis. As observed in many countries in Africa, formal and customary tenure systems overlap. Customary tenure systems, that generally prevail in rural areas, differ from region to region, with each its own needs and practices. Land conflicts are abundant, caused by degradation and transformation of land surfaces caused by climate change, as well as land investments by domestic investors with disputed legitimacy.
“Lata d’água na cabeça, lá vai Maria (…) Lava roupa lá no alto e sonha com a vida no asfalto que acaba onde o morro principia”. Passado quase um século do lançamento dessa canção no Brasil, uma em cada quatro mulheres ainda não têm acesso à água tratada ou não é abastecida com regularidade no país, demonstrando que aquele cenário continua para as descendentes daquela e de muitas outras “Marias”. A emergência climática aumenta a vulnerabilidade.
A terra é um recurso finito, e o acesso a ela é essencial para a subsistência de indivíduos e comunidades. Para garantir que o acesso à terra seja seguro e equitativo para todos, as Nações Unidas estabeleceram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1.4.2, que mede a segurança da posse da terra para os indivíduos, e o ODS 5.a.1, que mede a segurança da posse da terra agrícola a partir de uma perspectiva de gênero.
Many rural communities in Tanzania share similar challenges from mining companies and investors. I have seen first-hand how men and women gender and land champions can help.
Cada vez mais o racismo ambiental entra na agenda socioambiental das empresas que buscam como adotar o ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa), e também na cobertura da imprensa sobre a emergência climática. Numa semana em que temos as reflexões do Dia da Amazônia e do Bicentenário da Proclamação da Independência do Brasil é preciso enxergar como a questão tem a ver com essas duas efemérides. A forma como a sociedade e as instituições brasileiras se relacionam com a floresta e com os demais territórios é reflexo de seu passado colonial e escravista.