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No contexto de aumento de propostas de sistemas de pagamentos por serviços ambientais e também de reconhecimento crescente da contribuição dos povos tradicionais para a sociobiodiversidade e o combate às mudanças climáticas, esse artigo apresenta um processo em curso de identificação das contribuições socioambientais de povos tradicionais da Terra do Meio. A partir de dados de diversos estudos sobre a região, parte dos quais produzidos pelos próprios moradores, aponta-se para a contribuição dos povos tradicionais para a diversidade e analisa-se as limitações de mecanismos de mercado para promover os serviços socioambientais que estão intimamente ligados com as formas tradicionais de manejo. Argumenta-se que a questão central da provisão de serviços socioambientais por parte de povos tradicionais é a continuidade das práticas que reproduzem florestas, e não a identificação e precificação de elementos isolados da natureza. Por essa razão, há a necessidade de políticas de Estado para incentivar as formas tradicionais de agroextrativismo, dando continuidade à provisão de serviços socioambientais.