O pensamento decolonial como práxis – no sentido de ação intencional em vista de um mundo transmoderno e pluriverso – tem se notabilizado como energia de luta e resistência de transformação social ante as relações (supra)estruturais de sistemas que deflacionam o valor da vida e como razão decolonial a incidir, por exemplo, em propostas epistemológicas “outras”, desde as inúmeras alteridades negadas pelo paradigma moderno-colonial. Não sem motivo, o pensamento decolonial tem marcado presença ético político-epistemológica na produção brasileira de mestrados e doutorados, seja sob a alcunha de “acadêmicos” ou de “profissionais”. Nessa perspectiva, buscamos com este Dossiê, congregar resultados de pesquisas, sistematizações de experiências (e de memórias), que promovam o desprendimento e a abertura em relação ao paradigma hegemônico de ciência, em vista da transmodernidade. Por isso, acolheremos artigos, relatos e ensaios – estrangeiros e nacionais – oriundos da Educação, do Ensino e de outras áreas do conhecimento, a contribuir com o debate sobre os modos de fazer ciência, desde a chave decolonial.