Em um país latifundiário como o Brasil, com uma das maiores concentrações de propriedade fundiária do mundo, o que causa uma brutal injustiça agrária, que sustenta injustiça social, urbana e ambiental, é necessária a luta pela terra para democratizarmos o acesso à terra, mas esta luta não pode ser feita com uma metodologia anacrônica, precisa estar em sintonia com os desafios e complexidade da atualidade. Não pode ignorar a historicidade de certas concepções. “A burguesia revoluciona as relações de produção e passa a conquistar cada vez mais espaços, a dominar a natureza através do conhecimento metódico, e converte a ciência, que é um conhecimento intelectual, uma potência espiritual, em potência material, por meio da indústria. Nesse quadro, surgem as cidades como local determinante das relações sociais. Em lugar do que ocorria na Idade Média, em que o campo determinava a cidade, a agricultura determinava a indústria, na época moderna é a cidade que passa a determinar as relações no campo e é a indústria que rege a agricultura” (SAVIANI, 2013, p. 82).
As populações locais e comunidades tradicionais veem esse novo empreendimento com muito receio, dado que as promessas de desenvolvimento de grandes projetos de infraestrutura na região não promoveram as melhorias esperadas, pois é comum que após a instalação de uma grande obra de infraestrutura outros problemas vinculados às questões sociais e ambientais apareçam
A relação entre agronegócio e meio ambiente é complexa e precisa estar na agenda eleitoral de maneira responsável.
No último mês de julho, o MapBiomas [1], uma rede criada a partir de trabalhos conjuntos entre ONGs (Organizações não Governamentais), universidades, startups de tecnologia, publicou o relatório RAD 2021 - Relatório Anual do Desmatamento no Brasil [2], cujo objetivo é analisar os alertas de desmatamento detectados no ano de 2021. A iniciativa visa contribuir para o fim do desmatamento no Brasil por meio de um sistema de validação e geração de laudos de alertas de desmatamento em todo o país.
Os representantes políticos brasileiros nesta atual gestão foram responsáveis por diversos Projetos de Lei (PL), pelo legislativo, e Medidas Provisórias (MP), pelo executivo, que foram taxadas de criminosas por favorecerem a degradação ambiental e comprometerem a construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável. Entre o PL do Veneno [1], do Marco Temporal Indígena [2], ou a MP da Grilagem [3], foram várias tentativas de flexibilizar a legislação brasileira em favor da expansão do agronegócio e em detrimento das florestas nacionais.
Por Simão Hossi
Moradores e aldeões estão sem a devida indemnização.
Estação de Bombagem do Cafú | Foto: Simão Hossi/Global Voices
Por José Eustáquio Diniz Alves
Doutor em demografia
Angola está entre os 10 países com maior perda anual líquida de floresta (diferença entre floresta criada e destruída) entre 2010 e 2020, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
Quantos povos e deuses têm sido assassinados em nome de uma falsa identidade nacional, produzida e reproduzida na base da violência, do assassinato, do estupro e da mais intensiva extração e expropriação de tudo?
Quantos povos e deuses têm sido assassinados?
Esta história de dados do Land Portal analisa o aumento da produção de milho na Tailândia e em seus arredores, e sua relação com uma cadeia de valor avícola como ingrediente na alimentação animal.
Uma das formas de jogar luz a problemas estruturais é retomar produções científicas de décadas passadas e contrastá-las com a realidade presente. Neste intuito, analisaremos um estudo das políticas brasileiras que encorajam desmatamento na Amazônia, escrito por Hans. P. Binswanger em 1991 [1] de forma a contrastar suas conclusões à época com o presente.
O mundo assiste hoje à COP 26 (sigla em inglês para ‘Conferência das Partes’), que reúne 197 países com objetivo comum de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera. Em 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) estipulou a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), e desde então, o acordo entrou em vigor e desde então se reúnem anualmente quase todos os países do planeta para as cúpulas globais do clima, ou as “COPs”.
Uma família caminha pelo bairro de Didilandia, na costa de Bilwi, capital da Região Autônoma da Costa Caribe Norte da Nicarágua, em 22 de novembro de 2020. Essa área foi uma das mais afetadas pelo furacão Iota. Carlos Herrera.
Por Lorena Arroyo e Jorge Galindo
Cidade do México e Bogotá
Mais de 17 milhões de latino-americanos correm o risco de ser deslocados pelos efeitos da mudança climática até 2050, o equivalente a toda a população do Equador, segundo um relatório do Banco Mundial
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