Ele lembrou que a biodiversidade está em declínio, as concentrações de gases de efeito estufa aumentam levando poluição das ilhas mais remotas até aos picos mais altos.
A degradação do solo devido às mudanças climáticas e à expansão da agricultura, das cidades e das infraestruturas prejudica o bem-estar de 3,2 bilhões de pessoas.
Ela danifica ainda a biodiversidade e possibilita o surgimento de doenças infecciosas, como a Covid-19.
Benefícios
Guterres diz que restaurar terras degradadas removeria o carbono da atmosfera, ajudaria comunidades vulneráveis a adaptarem-se às mudanças climáticas e poderia gerar US$ 1,4 trilhão extra na produção agrícola a cada ano.
Segundo ele, “a melhor parte é que a restauração de terras é simples, barata e acessível a todos.”
Este ano marca o início da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas e pediu que, neste Dia Internacional, todos façam “da terra saudável o centro de todo o planejamento.”
Em artigo de opinião, o Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Volkan Bozkir, conta que mais de um quinto das terras do planeta, incluindo mais de metade das nossas terras agrícolas, está a sofrer.
Todos os anos, mais de 12 milhões de hectares de terra são perdidos com a desertificação, degradação da terra e a seca. Mais de 3 mil milhões de pessoas são afetadas, principalmente nas comunidades pobres e rurais.
Ação
Bozkir diz que “tudo isto coloca em risco o abastecimento de água, os meios de subsistência e a capacidade de enfrentar desastres naturais e eventos climáticos extremos.”
Segundo ele, se o mundo não atuar de imediato, “esta situação só vai piorar.”
Nos próximos 25 anos, a degradação da terra pode reduzir a produtividade global de alimentos até 12%, levando a um aumento de 30% dos preços mundiais dos alimentos.
Restaurar 350 milhões de hectares de terras degradadas até 2030 pode reverter a presença de entre 13 e 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa na atmosfera.